quarta-feira, 30 de março de 2011

RADIOTERAPIA

Radioterapia
A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, a um volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas, à custa das quais se fará a regeneração da área irradiada.
As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a hidrólise da água e a ruptura das cadeias de ADN. A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução.
A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada.
Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa.

Indicações da radioterapia
Como a radioterapia é um método de tratamento local e/ou regional, pode ser indicada de forma exclusiva ou associada aos outros métodos terapêuticos. Em combinação com a cirurgia, poderá ser pré-, per- ou pós-operatória. Também pode ser indicada antes, durante ou logo após a quimioterapia.
A radioterapia pode ser radical (ou curativa), quando se busca a cura total do tumor; remissiva, quando o objetivo é apenas a redução tumoral; profilática, quando se trata a doença em fase subclínica, isto é, não há volume tumoral presente, mas possíveis células neoplásicas dispersas; paliativa, quando se busca a remissão de sintomas tais como dor intensa, sangramento e compressão de órgãos; e ablativa, quando se administra a radiação para suprimir a função de um órgão, como, por exemplo, o ovário, para se obter a castração actínica.

Efeitos adversos da radioterapia
Normalmente, os efeitos das radiações são bem tolerados, desde que sejam respeitados os princípios de dose total de tratamento e a aplicação fracionada.
Os efeitos colaterais podem ser classificados em imediatos e tardios.
Os efeitos imediatos são observados nos tecidos que apresentam maior capacidade proliferativa, como as gônadas, a epiderme, as mucosas dos tratos digestivo, urinário e genital, e a medula óssea. Eles ocorrem somente se estes tecidos estiverem incluídos no campo de irradiação e podem ser potencializados pela administração simultânea de quimioterápicos. Manifestam-se clinicamente por anovulação ou azoospermia, epitelites, mucosites e mielodepressão (leucopenia e plaquetopenia) e devem ser tratados sintomaticamente, pois geralmente são bem tolerados e reversíveis.
Os efeitos tardios são raros e ocorrem quando as doses de tolerância dos tecidos normais são ultrapassadas. Os efeitos tardios manifestam-se por atrofias e fibroses. As alterações de caráter genético e o desenvolvimento de outros tumores malignos são raramente observados.
Todos os tecidos podem ser afetados, em graus variados, pelas radiações. Normalmente, os efeitos se relacionam com a dose total absorvida e com o fracionamento utilizado. A cirurgia e a quimioterapia podem contribuir para o agravamento destes efeitos.

paciente sendo submetido a radioterapia.



Fonte: Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. - Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993.

segunda-feira, 28 de março de 2011

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)

O que é exatamente a Tomografia Computadorizada?


O seu médico solicitou que você fizesse uma tomografia computadorizada e naturalmente você deseja saber o que vai acontecer. Em primeiro lugar, vamos esclarecer bem o seguinte: a tomografia computadorizada (TC) é um dos métodos de exame mais confiáveis e seguros disponíveis atualmente. É rápida, simples e totalmente indolor. A TC utiliza um aparelho de raios X que gira a sua volta, fazendo radiografias transversais de seu corpo.
Estas radiografias são então convertidas por um computador nos chamados cortes tomográficos. Isto quer dizer que a TC constrói imagens internas das estruturas do corpo e dos órgãos através de cortes transversais, de uma série de seções fatiadas que são posteriormente montadas pelo computador para formar um quadro completo. Portanto, com a TC o interior de seu corpo pode ser retratado com precisão e confiança para ser depois examinado.


Como funciona a Tomografia Computadorizada?



Você simplesmente deita-se numa confortável mesa de exame que, muito lenta e suavemente, vai passando através de uma abertura na unidade de TC. Ao mesmo tempo, o anel de raios X no interior do Tomógrafo vai girando à volta da mesa de exame, tomando fotos altamente detalhadas que podem posteriormente ser exibidas em imagens de três dimensões. Deste modo, a TC pode cobrir extensas seções do corpo num só exame. Normalmente, uma ou duas áreas de um órgão são examinadas, como, por exemplo, o pulmão e a região abdominal, a cabeça e o pescoço etc. Os parâmetros adquiridos através das medições podem ser traduzidos em fotografias. Estas são imagens transversais de planos extremamente finos do interior de seu corpo. Portanto, em muitos casos, mesmo o mais minúsculo processo patológico pode ser identificado.





Algumas sugestões úteis:


Favor manter-se imóvel durante o exame.


Para exames com meios de contraste, beba uma quantidade suficiente de líquido uma ou duas horas antes do exame.


Para exames da área do pescoço, favor evitar engolir durante o exame.


Em exames da cabeça e do pescoço, favor remover todas as jóias, grampos, óculos, aparelhos auditivos e dentaduras.


Para exames abdominais e exames torácicos, siga por favor as instruções (como, por exemplo, suspender a respiração por cerca de 15 a 20 segundos para que as imagens saiam bem nítidas).


Se possuir exames anteriores, favor trazê-los.


O que mais você precisa saber?
A radiação em exames de TC é mínima devido à moderna tecnologia e breve duração do exame. No entanto, favor informar seu médico caso esteja grávida.


















maquina de tomografia computadorizada (TC)

sexta-feira, 18 de março de 2011

IRRADIAÇÃO DOS ALIMENTOS

O processo de irradiação


A irradiação dos alimentos envolve a exposição dos alimentos a fontes de energia, como raios gama, raios-x, ou feixes de electrões. Durante este processo, o alimento é aquecido, como acontece quando este é submetido a radiação microondas, sendo que nenhuma radiação fica retida no alimento. A irradiação não torna o alimento radioactivo.


A segurança alimentar


A principal vantagem da irradiação dos alimentos é o facto desta técnica destruir as bactérias prejudiciais assim como outros microrganismos passíveis de causar intoxicações alimentares. Apresenta também outros efeitos, tal como a lenta maturação e germinação, permitindo, desta forma, prolongar a duração dos alimentos. Aplicada a outros produtos, como cacau, café, ervas aromáticas e especiarias, a irradiação oferece uma alternativa segura e limpa (sem produção de resíduos) à pulverização química. No caso de alimentos frágeis, como o caso dos moluscos frescos ou frutas moles, pode ser utilizada a irradiação para remover micróbios prejudicais e prolongar a sua conservação, sem, no entanto, deteriorar a textura do produto, como aconteceria se submetidos a tratamento térmico.
Investigações têm demonstrado que não se verificam perdas significativas de nutrientes ao irradiar alimentos. Uma pequena quantidade de determinadas vitaminas é perdida, semelhante ao que acontece com outros métodos de processamento alimentar, tal como a conservação por secagem.


O TEMPO DE CONSERVAÇÃO DO ALIMENTO TRIPLICA.

segunda-feira, 14 de março de 2011

ACIDENTE NUCLEAR DE CHERNOBYL (1986)

No ano de 1986, os operadores da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, realizaram um experimento com o reator 4. A intenção inicial era observar o comportamento do reator nuclear quando utilizado com baixos níveis de energia. Contudo, para que o teste fosse possível, os responsáveis pela unidade teriam que quebrar o cumprimento de uma série de regras de segurança indispensáveis. Foi nesse momento que uma enorme tragédia nuclear se desenhou no Leste Europeu.
Entre outros erros, os funcionários envolvidos no episódio interromperam a circulação do sistema hidráulico que controlava as temperaturas do reator. Com isso, mesmo operando com uma capacidade inferior, o reator entrou em um processo de superaquecimento incapaz de ser revertido. Em poucos instantes a formação de uma imensa bola de fogo anunciava a explosão do reator rico em Césio-137, elemento químico de grande poder radioativo.
Com o ocorrido, a usina de Chernobyl liberou uma quantidade letal de material radioativo que contaminou uma quilométrica região atmosférica. Em termos comparativos, o material radioativo disseminado naquela ocasião era assustadoramente quatrocentas vezes maior que o das bombas utilizadas no bombardeio às cidades de Hiroshima e Nagasaki, no fim da Segunda Guerra Mundial. Por fim, uma nuvem de material radioativo tomava conta da cidade ucraniana de Pripyat.
Ao terem ciência do acontecido, autoridades soviéticas organizaram uma mega operação de limpeza composta por 600 mil trabalhadores. Nesse mesmo tempo, helicópteros eram enviados para o foco central das explosões com cargas de areia e chumbo que deveriam conter o furor das chamas. Além disso, foi necessário que aproximadamente 45.000 pessoas fossem prontamente retiradas do território diretamente afetado.
Para alguns especialistas, a dimensões catastróficas do acidente nuclear de Chernobyl poderiam ser menores caso esse modelo de usina contasse com cúpulas de aço e cimento que protegessem o lugar. Não por acaso, logo após as primeiras ações de reparo, foi construído um “sarcófago” que isolou as ruínas do reator 4. Enquanto isso, uma assustadora quantidade de óbitos e anomalias indicava os efeitos da tragédia nuclear.
Buscando sanar definitivamente o problema da contaminação, uma equipe de projetistas hoje trabalha na construção do Novo Confinamento de Segurança. O projeto consiste no desenvolvimento de uma gigantesca estrutura móvel que isolará definitivamente a usina nuclear de Chernobyl. Dessa forma, a área do solo contaminado será parcialmente isolada e a estrutura do sarcófago descartada.
Apesar de todos estes esforços, estudos científicos revelam que a população atingida pelos altos níveis de radiação sofre uma série de enfermidades. Além disso, os descendentes dos atingidos apresentam uma grande incidência de problemas congênitos e anomalias genéticas. Por meio dessas informações, vários ambientalistas se colocam radicalmente contra a construção de outras usinas nucleares.


ACIMA A USINA DE CHERNOBYL APOS A EXPLOSÃO.




quinta-feira, 10 de março de 2011

MEDICINA NUCLEAR

O que é Medicina Nuclear?

A Medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza técnicas seguras e indolores para formar imagens do corpo e tratar doenças. A medicina nuclear é única por revelar dados sobre a anatomia e a função dos órgãos, ao contrário da radiologia, que tipicamente mostra apenas estrutura anatômica dos órgãos. É uma maneira de coletar informações de diagnóstico médico que, de outra forma, não estariam disponíveis, requereriam cirurgia ou necessitariam de exames de diagnóstico mais caros.
Os exames de medicina nuclear freqüentemente podem detectar precocemente anormalidades na função ou estrutura de um órgão no seu corpo. Esta detecção precoce possibilita que algumas enfermidades sejam tratadas nos estágios iniciais, quando existe uma melhor chance de prognóstico bem sucedido e recuperação do paciente.

Em que casos é indicado o exame de Medicina Nuclear?

Os exames de medicina nuclear são benéficos para estudar danos fisiológicos a seu coração, restrição do fluxo sangüíneo ao cérebro, além do funcionamento de outros órgãos como a tireóide, rins, fígado e pulmões. Também tem usos terapêuticos valiosos como o tratamento do hipertireoidismo e alívio da dor para certos tipos de câncer dos ossos.
Em geral, existe quase uma centena de diferentes exames de medicina nuclear hoje disponíveis, incluindo estudos cerebrais, diagnóstico e tratamento de tumores, avaliação das condições dos pulmões e coração, análise funcional dos rins e de todos os sistemas dos principais órgãos do corpo.
Como se Realiza um Exame de Medicina Nuclear?

Os exames de medicina nuclear são seguros e indolores. Uma pequena quantidade de material radioativo é absorvida pelo corpo via injeção, oral ou inalação. Estas substâncias radioativas são misturadas a um produto farmacêutico especializado que tem como alvo os órgãos, ossos ou tecidos específicos de seu corpo. A quantidade de material radioativo usado é medida especificamente para garantir os resultados mais precisos dos exames, limitando, ao mesmo tempo, a quantidade de exposição à radiação.
Após dado o material radioativo, uma câmera especial é utilizada para tirar fotografias de seu corpo. A câmera (normalmente chamada de gama-câmara, ou um equipamento ainda mais sofisticado chamado de PET Scanner) possui detectores especiais que podem captam a imagem dos materiais radioativos localizados dentro de seu corpo. A imagem, gravada em filme ou em um computador, é, então, avaliada por seu médico.